
Na vida em geral
Eu consigo associar a psicologia na vida das pessoas de imensas formas, principalmente na adolescência. Digo isto porque na adolescência é onde as mudanças maiores acontecem nomeadamente físicas e psicológicas. As mudanças físicas de que falo são a aparição de acne (em alguns adolescentes), de pelos, aumento da transpiração, entre outras. Os rapazes e as raparigas passam por algumas mudanças completamente distintas. Os rapazes crescem mais rápido em altura e peso, a voz começa a ficar mais grave, há uma maturação dos órgãos sexuais, entre outras muitas coisas. No caso das raparigas, os seios começam a desenvolver-se, a cintura fica mais larga, há a existência da menstruação, etc...
Na tabela a seguir podemos verificar as várias mudanças físicas no rapaz e na rapariga:

No que diz respeito às mudanças psicológicas, levantamos questões de independência e identidade, como por exemplo a escola ( que curso tirar ), amizades (separar-se de gente tóxica por exemplo). Normalmente os adolescentes têm vontade de experimentar coisas novas como as drogas e o álcool. Outro problema bastante comum é a questão sobre a sexualidade e a identidade de género. Sobre as crises na adolescência e nas identificações, Erikson acredita que a tarefa global do indivíduo seria adquirir uma identidade positiva, à medida que avança de uma etapa de desenvolvimento para a seguinte. Erikson destacou que a crise de identidade era mais pronunciada na adolescência e que, durante outros períodos da vida adulta, também poderia ter lugar uma redefinição da identidade individual: quando os indivíduos abandonavam os lares, casavam-se, eram pais pela primeira vez, divorciavam-se ou mudavam de trabalho. O êxito com que enfrentavam tais mudanças de identidade estava determinado parcialmente pela capacidade para superar as crises de identidade na adolescência .Na nossa idade temos bastantes inseguranças seja com o nosso corpo, ou com algum tipo de amizade. Esta última já aconteceu comigo inúmeras vezes. Sou sempre bastante insegura no que diz respeito ao que as pessoas sentem por mim. Normalmente os adolescentes costumam por em primeiro plano as amizades, relações amorosas, etc... do que propriamente a família. E, na minha opinião, não acho isso de todo errado. É uma altura em que nos descobrimos uns com os outros e falamos das nossas coisas. Isto não quer dizer que não tenhamos de falar com os nossos familiares sobre vários tópicos, porque temos! A questão é que a maioria de nós sente-se mais à vontade a desabafar com algum amigo. Com isto digo que a adolescência é sempre aquela fase em que todos temos que passar e, para mim, a fase mais complicada da nossa vida. Transformamo-nos fisicamente e psicologicamente para a vida adulta e, durante esse processo, podemos passar por muitas complicações nomeadamente depressão ( é bastante comum nos adolescentes mas claro que pode acontecer em "qualquer idade" ) causada por algum desgosto amoroso, problemas familiares, amizades e, até mesmo, a escola (por conta da pressão). Nas aulas de psicologia, já levantamos a questão do porque de o sono mudar bastante na adolescência. Quando eramos crianças, íamos para a cama máximo 22:00 porque os nossos pais diziam. Agora, se for preciso, nem dormimos. Isto acontece porque o relógio biológico muda durante a puberdade e faz com que fiquemos com sono mais tarde. Eu confesso que sou uma pessoa que não se deita cedo. Fico nas redes socias ou a ver alguma série com uma amiga minha. Depois, quando vou para a cama, fico no overthinking. Isto todos fazemos por conta de pensarmos o que fizemos hoje, o que vamos fazer amanhã, se temos muita coisa para fazer entramos em stress, enfim. Nesta história toda, levanto a questão: os pais podem ajudar os filhos nesta fase da adolescência? Sim. Os pais podem ajudar os filhos e apoiá-los em tudo. Falo mais propriamente, na questão de apoiar, no tópico da identidade de género e a sexualidade. Alguns pais não aceitam os filhos como eles são e isso é mais que errado. Já vi inúmeros casos em que o filho não se identificava com o género que lhe foi atribuído à nascença e os pais não aceitavam e, se fosse preciso, expulsavam-no de casa. Digo exatamente o mesmo na questão da sexualidade. Nenhum adolescente devia contar que é homossexual aos pais porque supostamente é uma orientação sexual perfeitamente normal. Não vemos nenhuma pessoa heterossexual a dizer aos pais que é heterossexual. Infelizmente alguns destes adolescentes não aguentam a pressão e acabam por tirar a própria vida. Nos dias de hoje, e com muita pena, a nossa sociedade é bastante homofóbica e preconceituosa e acho que já tava na altura de aceitarmos as pessoas como elas são e não julgar ninguém. Como mencionei anteriormente em associar a psicologia a uma série, na série "You", Joe usa as redes socias para saber tudo sobre Beck. Os jovens usam bastante as redes sociais e, por vezes, é bastante perigoso. A nossa mãe sempre nos dizia: -" Não fales com pessoas na net" e nós, quando eramos mais novos, até a ouvíamos. Agora se for preciso falamos com inúmeras pessoas na net e algumas delas têm segundas intenções connosco e é preciso ser inteligente para saber quando pôr um travão na situação. Algumas pessoas, especialmente as raparigas, são as que mais são vítimas de comentários menos apropriados na net. Outro assunto bastante preocupante e infelizmente comum são os nudes que são vazados na net. Felizmente nunca me ocorreu isto, até porque eu não mando fotos minhas a ninguém, mas ocorre bastante nos dias de hoje. Outra coisa que me irrita é o facto de algumas pessoas dizerem que algumas mulheres ou homens só são violados/as porque estão com uma roupa mais curta. Este exemplo foca-se mais nas mulheres porque o número de vítimas é bastante maior nas mulheres. Então estão me a querer dizer que a culpa é da mulher e não do violador? Recentemente vi um comentador de televisão dizer precisamente isto e eu fiquei completamente enojada com o que estava a ouvir. Ele estava basicamente a querer desculpar o crime do violador e a dizer que a culpa era da mulher porque ela "estava a pedi-las". Não há sequer comentários para isto, só me dá pena que este tipo de pessoas exista. Também temos, infelizmente, em grande número, a violência no namoro. A violência pode ser ativa ou passiva, verbal ou agida, psicológica ou física. Na violência há sempre um problema de poder. Todas as formas de violência no namoro têm como objetivo magoar, humilhar, controlar e assustar. A violência nunca é uma forma de expressar amor por outra pessoa. Ser vítima de violência por parte de alguém com quem escolhemos namorar é uma experiência dolorosa e complicada de resolver. É preciso primeiro perceber que o que nos está a acontecer é violência. Para nós é difícil acreditar e até mesmo compreender que alguém que goste de nós também é capaz de nos fazer mal. Muitas vezes, apesar dos maus-tratos, continuamos a gostar do nosso namorado/a. Podemos ter medo de não conseguirmos namorar depois com outra pessoa ou temos vergonha de contar a alguém e pedir ajuda. Também podemos ter medo que ninguém acredite em nós, que nos façam ainda mais mal se contarmos ou que ninguém nos possa ajudar. É importante lembrarmo-nos que a violência NUNCA é aceitável. NUNCA, sob qualquer motivo, alguém tem o direito de ser violento/a connosco! A violência é uma forma errada de resolver os problemas e as dificuldades de um namoro.





